Chuva. Muita chuva. Chuva caindo em mim, dentro de mim, saindo de mim. Porém ela passa e depois dela o céu é lindo, o Sol brilha mais e nos dá confiança para seguirmos em frente. Então seguiremos, a passos largos ou curtos, mas iremos adiante... até as nuvens aparecerem, o tempo fechar e a chuva cair novamente, nos encharcando como sempre. Iremos nos recolher, esperar a água parar e o céu abrir para ganharmos força e coragem, num ciclo que vai até o final de nossas vidas! Porém com o tempo aprendemos que a chuva se torna suportável quando usamos guarda chuva ou uma capa que cubra o corpo, e também que o Sol em excesso pode nos fazer mal, então um bloqueador solar ou uma sombra sempre são bem vindos, mas isso só aprendemos com a experiência, com o passar do tempo, apenas vivendo. Vamos viver?
Tudo tem um início, mas esse não é o meu. Já nasci, vivi e morri; vegetei, chorei e sorri. Aprendi a ficar de pé depois de tanto desabar, de tanto me perder finalmente pude me achar. Viver é uma linha tênue entre sanidade e loucura, onde flertamos com a segunda por ser a mais farta na sociedade. Mas no fundo, bem lá no fundo, sabemos que existe racionalidade, que mesmo distante podemos nos apegar a ela para seguirmos nossa turbulenta caminhada nessa estrada longa, esburacada e tortuosa.